A polícia francesa e a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) estão investigando o paradeiro do presidente da organização, Meng Hongwei que, segundo relato de sua mulher, estaria desaparecido desde viagem à China, sua terra natal, na semana passada.
Fontes da Polícia Federal do Brasil e da Interpol confirmaram a informação. Segundo investigadores, as circunstâncias e suspeitas desse caso estão sendo aprofundadas.
A mulher de Hongwei entrou em contato com a polícia em Lyon após não ter notícias do marido desde que ele viajou para a China no dia 29 de setembro, segundo fontes policiais citadas pela agência de notícias Reuters.
A Interpol, que tem sede em Lyon, na França, tem entre suas atribuições procurar criminosos de vários países a partir de alertas vermelhos. Atualmente, a Interpol tem 192 países membros.
Meng Hongwei foi eleito presidente da Interpol em 2016, em assembléia geral da organização em Bali, e seu mandato vai até 2020.
Antes de assumir a chefia da Interpol, Hongwei ocupou cargos importantes na China, incluindo o de vice-ministro de Segurança Pública.
Comando compartilhado
O comando da Interpol é dividido em duas frentes pelo presidente, Meng Hongwei, e pelo secretário-geral, Jürgen Stock. O secretário-geral cumpre expediente na sede, em Lyon, e acompanha o dia a dia da Interpol e das políticas de cooperação internacional em tempo integral.
Já o presidente, Meng Hongwei, que está desaparecido, não cumpre expediente em Lyon e não precisa ter dedicação exclusiva à Interpol, tanto que ele acumula cargo no governo chinês, onde é vice-ministro de segurança pública.
Fontes ouvidas dizem que, por causa disso, a Interpol só começou a suspeitar do desaparecimento após o relato da esposa dele.
Internamente, o caso é acompanhado com bastante apreensão e a Interpol abastecerá a polícia francesa com informações sobre a rotina dele, a saída dele da França pra China (escoltada por policiais) e com dados de inteligência e técnicas de investigação que podem resolver o episódio.