Ariel Ticona, um dos 33 homens presos na mina em San José, no norte do Chile, conheceu a filha recém-nascida graças à fibra óptica que foi instalada por técnicos a 700 metros de profundidade.
"Ele chorou e comoveu-se muito ao ver as imagens", contou o irmão do mineiro, que teve a tarefa de filmar o nascimento da sobrinha.
Esperanza nasceu ontem às 12h20 (hora local), no hospital de Copiapó, onde vive a maioria das famílias dos mineiros, com quase 3 kg e medindo 48 centímetros.
Ticona e a mulher queriam chamar a filha de Carolina, mas acabaram decidindo, por coincidência, mudar o nome para Esperanza --esperança em castelhano-- quando os mineiros foram encontrados com vida 17 dias depois do incidente.
O grupo de 33 mineiros, 32 chilenos e um boliviano, está soterrado a 700 metros de profundidade, numa galeria da mina San José, no deserto de Atacama, a norte do Chile, desde o dia 5 de agosto.
Perfuração
Hoje a máquina que realiza o segundo plano de resgate dos mineiros presos reiniciou seus trabalhos depois de cinco dias de paralisação por causa do defeito de uma de suas peças, segundo o engenheiro responsável pelos trabalhos, André Sougarret.
"A perfuradora T-130 já ultrapassou os 300 metros", acrescentou o engenheiro.
Enquanto isso, a perfuradora do plano B, uma Strata 950, alcançou 283 dos 700 metros necessários para ter acesso aos mineiros e a perfuradora do plano C está sendo montada.