O ministro israelense da Energia, Sylvan Shalom, provável candidato à sucessão do presidente Shimon Peres, foi acusado de agressão sexual por uma ex-funcionária, informou a imprensa local.
A suposta vítima, que trabalhou para Shalom, anunciou ter apresentado uma queixa. A polícia indicou à AFP "que tem analisado as alegações apresentadas contra um ministro", sem dar mais detalhes.
Os meios de comunicação lembraram do recente caso do ex-presidente Moshé Katzac, que cumpre condenação desde de dezembro de 2011 por abuso sexual.
Os atos denunciados teriam acontecido em 1999, quando Shalom era Ministro das Ciências.
Em entrevista à rádio militar, uma antiga funcionária contou que o ministro tinha se insinuado após pedir a ela para que levasse documentos em seu quarto de hotel em Jerusalém.
Segundo a ex-funcionária, o ministro teria tentado agarrá-la nu.
O acusado não poderá ser processado por esta denúncia, porque esse tipo de crime prescreve em dez anos em Israel. Mas a polícia registrou a queixa de seis outras vítimas que teriam sido assediadas por Shalom, segundo a imprensa.
A rádio militar informou que tinha recebido nesta segunda-feira "vários testemunhos" de mulheres que afirmam terem sido vítimas de agressões sexuais por parte de Shalom.
O escândalo vem à tona em um péssimo momento para o ministro. O Knesset (Parlamento) deve eleger no dia 14 de junho o sucessor de Shimon Peres à frente do Estado de Israel.
Shalom, do partido nacionalista Likud do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não apresentou oficialmente sua candidatura, mas estava prestes a fazê-lo.