O chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, gay assumido, afirmou que não levará seu companheiro em viagens a países onde a homossexualidade é proibida por lei.
- Queremos estimular a ideia da tolerância no mundo. Não queremos alcançar o resultado contrário, comportando-nos de maneira impensada.
A declaração do líder do partido liberal FDP foi feita à revista Bunte. Westerwelle, advogado por formação, é o primeiro ministro das Relações Exteriores na Europa abertamente homossexual.
Westerwelle listou os sete Estados onde homossexuais correm o risco de ser condenados à morte por sua opção: Irã, Iêmen, Mauritânia, Somália, Nigéria, Sudão e Arábia Saudita.
O chefe da diplomacia alemã afirmou, no entanto, que sua orientação sexual não causou nenhum problema até agora.
Namorado não vai a países árabes
Em janeiro, Westerwelle viajou para a Turquia sem seu companheiro, Michael Mronz, seguindo para visitas a vários Estados da região do golfo Pérsico, entre eles a Arábia Saudita.
Militantes dos direitos humanos pediram ao ministro que condenasse a repressão aos homossexuais em sua visita ao reino saudita, onde prevalece uma interpretação da sharia (lei islâmica) que pune com a pena de morte os homossexuais.
Mronz, por outro lado, acompanhou Westerwelle em suas viagens ao Japão, à China e à América Latina.