Moradores de cidades da Califórnia, nos Estados Unidos, relataram nesta sexta-feira (15) a aparição de uma bola de fogo que cruzou o céu da região. As informações foram relatadas a diversas emissoras locais de televisão.
O fato chama a atenção já que no mesmo dia um meteoro caiu na região de Cheliabinsk, na Rússia, ferindo mais de mil pessoas que foram atingidas por estilhaços de vidro, de acordo com o governo russo.
Segundo informações da rede NBC, o fenômeno ocorreu durante à noite, por volta das 19h45, horário da Califórnia. Moradores de Fairfield, Gilroy, Sacramento, Newark, Walnut e St. Helena afirmam ter visto uma estrela cadente de cor azulada e que parecia estar indo direto para o chão. Um vídeo divulgado no YouTube mostra o momento em que uma luz brilhante cruza o céu de San Francisco (veja aqui).
Não se sabe se este fenômeno tem relação com o meteoro que caiu na Rússia ou ainda com a passagem do asteroide 2012 DA14, que por volta das 17h25 (hora de Brasília) ficou a uma distância de 27 mil km da Terra, considerada muito próxima de acordo com cientistas da agência espacial americana Nasa.
De acordo com o astrônomo Gerald McKeegan, ouvido pela NBC, pelos relatos das testemunhas é possível afirmar que foi um ?meteoro esporádico?, que pode surgir várias vezes ao dia. No entanto, ele não descarta a possibilidade do rastro de luz ser lixo espacial que entrou na atmosfera da Terra e se incinerou.
Rússia começa limpeza de região
Um dia depois da queda de um meteoro na região de Cheliabinsk, o governo da Rússia iniciou neste sábado (16) uma grande operação para consertar os estragos provocados pelo fenômeno.
Cerca de 20 mil pessoas foram mobilizadas para participar da limpeza e também do atendimento aos feridos, que ainda neste sábado permaneciam sob observação médica.
Último dado divulgado pelo Ministério do Interior russo aponta que ao menos mil pessoas tiveram ferimentos devido aos estilhaços de vidro, que se quebraram com a aparição da bola de fogo no céu. Deste total, 200 seriam crianças.
De acordo com a Academia de Ciências da Rússia, o meteoro pesaria cerca de dez toneladas e seria constituído de ferro. Ao entrar na atmosfera terrestre, se pulverizou entre 30 e 50 quilômetros de altitude.
Em entrevista à agência "Associated Press", a cientista Amy Mainzer, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da agência espacial americana Nasa dissse que, embora o meteoro tenha se desintegrado na atmosfera antes de tocar o solo, sua potência equivaleria 20 vezes à força da bomba atômica que atingiu Hiroshima, durante a 2ª Guerra Mundial. A atmosfera absorveu a grande maioria desta energia, aponta ela.