Motorista do Uber é condenado à prisão perpétua após estupro

Yadav levou a vítima para um lugar isolado e a violentou.

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Um tribunal da Índia condenou um motorista do Uber à prisão perpétua nesta terça-feira (3) por estuprar uma passageira, em um caso que chamou atenção para os riscos de violência sexual enfrentados pelas mulheres.

O motorista Shiv Kumar Yadav recebeu a pena máxima no mês passado, depois de ser considerado culpado de estupro, sequestro e intimidação criminosa da passageira, que pediu um carro do Uber após sair de uma festa em Nova Délhi em dezembro passado.

Yadav conseguiu o emprego no Uber com referências falsas, o que lhe permitiu ocultar sua ficha criminal. Em consequência disso, a empresa norte-americana, que foi avaliada em 50 bilhões de dólares este ano, foi proibida de atuar na capital indiana, e só recuperou o direito de operar no país recentemente, depois de tornar o processo de seleção dos motoristas mais rígido.

“Em consonância com os fatos e os indícios do caso, sentencio Shiv Kumar Yadav a um rigoroso aprisionamento vitalício”, declarou o juiz Kaveri Baweja à corte.

O caso fez lembrar o chocante estupro seguido de assassinato de uma jovem fisioterapeuta em um ônibus de Nova Délhi em 2012, que se tornou tema de um documentário da rede de televisão britânica BBC que foi proibido pelo governo indiano este ano.

As autoridades aceleraram o julgamento de Yadav para reagir à demanda pública por um resultado justo e rápido para o caso.

“Estamos felizes que a Justiça tenha sido feita e que o processo não tenha demorado tanto”, disse Madhur Verma, do vice-comissariado da polícia da capital.

A vítima, que trabalha para uma empresa de consultoria internacional, adormeceu dentro do táxi durante a corrida. Yadav então a levou a um lugar isolado e a violentou.

O advogado do réu, D.K. Mishra, afirmou que irá apelar do veredicto em uma instância superior. “Meu cliente é inocente”, declarou aos repórteres após o pronunciamento da sentença. A passageira também processou o Uber em um tribunal federal dos EUA em janeiro, mas mais tarde retirou a ação.

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