MP do Egito ordena detenção de ex-presidente Mubarak

Mubarak, que renunciou ao cargo em 11 de fevereiro depois de 30 anos no poder, nega as acusações.

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O Ministério Público do Egito ordenou nesta quarta-feira (13) a detenção, por um período de 15 dias, do ex-presidente Hosni Mubarak por uso de violência durante as manifestações que pediram sua renúncia, em janeiro e fevereiro deste ano, anunciou um porta-voz.

Mubarak, que renunciou ao cargo em 11 de fevereiro depois de 30 anos no poder, nega as acusações.

Horas antes, dois filhos do deposto presidente foram detidos por 15 dias em uma investigação de corrupção, conforme ordem de detenção do mesmo Ministério Público.

Alaa e Gamal Mubarak haviam sido convocados pelo Ministério Público do Estado que investiga acusações de desvio de dinheiro público (peculato). O pai, Mubarak, disse que extratos de suas contas bancárias vão desmentir as suspeitas de corrupção.

Eles também são investigados por assassinato de manifestantes. Ambos estão sob a custódia da polícia local, à espera de serem transferidos para uma prisão no Cairo, informam as agências internacionais de notícias.

O conselho militar, que governa o país desde a queda de Mubarak, vem enfrentado cada vez protestos pedindo que Mubarak seja responsabilizado. Centenas de milhares de egípcios protestaram na sexta-feira, criticando o Exército pelo fracasso de processá-lo rapidamente.

Ataque cardíaco

Hosni Mubarak, de 82 anos, está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital internacional do balneário de Sharm el-Sheikh, às margens do Mar Vermelho, na península do Sinai, depois de ter sofrido um ataque cardíaco durante um interrogatório judicial nesta terça-feira (12). Segundo as agências de notícias, o ex-presidente também já estaria sob a custódia da polícia.

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