Mulher acusada de adultério pode ser executada no Irã

Ela foi condenada à morte por apedrejamento

Entidades alertam para o risco de execução | AFP
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A Anistia Internacional alertou a comunidade internacional ontem para o grave risco que segue correndo a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada por adultério e assassinato, de ser executada a qualquer momento no Irã. Ashtiani foi considerada culpada por ter mantido "relações ilícitas" com dois homens no ano 2006 e desde então permaneceu em prisão na cidade de Tabriz.

Recentemente, ela foi condenada à morte por apedrejamento, mas a pressão internacional fez o Irã acusá-la também por assassinato e mudar a forma de execução para enforcamento.

A AI lembrou em seu comunicado que esta mulher perdeu sua principal defesa depois que seu advogado, Mohammad Mostafaei, deixou o Irã por perseguição.

A organização dos direitos humanos disse que embora em 4 de agosto a condenação à morte de Ashtiani tenha começado a ser revisada no Tribunal Supremo iraniano, essa revisão poderia tratar-se de uma tentativa das autoridades do Irã para reduzir a pressão internacional.

A AI ressaltou que enquanto não existir uma declaração expressa da magistratura iraniana anulando a condenação por apedrejamento, Ashtiani "poderá ser morta a qualquer momento". A entidade continua recolhendo assinaturas no site www.actuaconamnistia.org para pedir que a execução não ocorra.

O caso de Sakineh ganhou repercussão mundial após seu advogado denunciá-lo em um blog na internet. Perseguido pelo regime de Teerã, Mostafaei fugiu para a Turquia e recebeu asilo político na Noruega.

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