A americana Bethany Storro havia acabado de comprar um par de óculos de sol e estava comemorando o novo emprego quando uma mulher veio andando na sua direção com um copo e disse: "Ei, gata, quer beber um pouco disso?"
A mulher então jogou o ácido que trazia no copo em Storro, que só lembra de ter caído no chão aos gritos de dor. Ela diz ter sentido uma dor agonizante, com a pele do rosto borbulhando e chiando e partes de sua blusa derretendo.
"Foi a maior dor que já senti", conta Storro, 28. "Meu coração parou. O ácido atravessou minha roupa assim que tocou na minha blusa. Eu podia sentir queimar a segunda camada da minha pele."
A polícia está em busca da mulher negra com rabo-de-cavalo que atacou a americana na última segunda-feira (30), disse Storro à imprensa durante entrevista com a cabeça envolta em curativos. Apenas alguns dias antes, ela havia se mudado de Idaho para Vancouver, em Washington, para assumir o novo emprego.
Ela afirma, no entanto, que não deixará que o ataque em Vancouver atrapalhe seus planos. Para a americana, foi um "milagre" que seus olhos tenham sido poupados por ter comprado os óculos escuros apenas alguns minutos antes.
Médicos do Legacy Emanuel Hospital, em Porland, fizeram a cirurgia no rosto de Storro na quarta à noite, removendo a pele morta de áreas onde estava mais profundamente ferida.
A mãe da americana contou que ela estava chegando ao seu carro, após sair de uma loja da Starbucks, quando a mulher se aproximou e jogou o conteúdo que levava num copo. "Eu nunca, nunca vi essa mulher na minha vida", disse Storro. "A primeira vez que a vi, ela teve esse comportamento maluco -como se fosse inveja, raiva."
Após o ataque, a mulher correu. Uma pessoa que passava ligou para a polícia usando o celular de Storro. Nick Eshraghi, cirurgião especializado em queimaduras que operou Storro, disse que a solução usada é tão forte quanto ácido sulfúrico.
A americana disse que queria encontrar sua agressora e perguntar: "Por que?" "Foi uma espécie de aposta ou a mulher simplesmente acordou na segunda de manhã e pensou: "acho que vou levar ácido num copo e atirar na primeira pessoa que eu encontrar?", questiona Storro.
A americana disse ter recebido cartas e e-mails de pessoas de todo país, além de contar com apoio dos amigos, família e sua fé para superar o trauma.