O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, assumiu a Presidência interina da Venezuela na noite desta sexta-feira (8) na Assembleia Nacional de Caracas, após a morte na última terça-feira do presidente Hugo Chávez. Maduro pediu a convocação "imediata" de eleições presidenciais.
Ele chegou acompanhado de chefes de Estado e foi recebido com gritos de apoio pelos partidários.
"Juro em nome da lealdade mais absoluta ao comandante Hugo Chávez que cumpriremos e faremos cumprir essa Constituição bolivariana com a mão dura de um povo disposto a ser livre", disse Maduro com a mão levantada diante da Constituição antes de receber a faixa presidencial das mãos do chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.
Maduro disse que já entrou em contato com a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, para que convoque "imediatamente" eleições presidenciais.
"À presidente Tibisay Lucena pedi oficialmente que cumprisse com todos os extremos constitucionais e legais de nossa pátria e com o mandato do artigo 233 convoque imediatamente eleições presidenciais", disse Maduro após tomar posse. Ele também indicou que o pleito deve acontecer "de maneira democrática" e com respeito à Constituição.
A oposição não compareceu à cerimônia. Mais cedo, o grupo havia informado que seus deputados não iriam assistir à posse.
O líder opositor venezuelano, Henrique Capriles, que perdeu contra Chávez as eleições de outubro do ano passado, classificou a posse de Maduro como ilegítima. "Este juramento que se fará agora é espúrio", disse Capriles, assinalando que Maduro "não foi eleito presidente por ninguém" e que a oposição não está disposta a "tolerar abusos de poder."
Capriles denunciou a decisão desta sexta-feira do Supremo Tribunal de Justiça que confirmou a presidência interina de Maduro até a realização de eleições, no prazo de 30 dias, após a morte do presidente Hugo Chávez.