O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, informou neste domingo a morte de um jovem no oeste do país apunhalado numa barricada montada nos protestos que se repetem desde o dia 12 na Venezuela e que já custaram 11 vidas. Em discurso a centenas de idosos, que marcharam até o palácio presidencial em apoio a seu governo, Maduro disse que o jovem Danny Vargas morreu em uma "guarimba" (barricada popular) no estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, quando foi esfaqueado por "um senhor humilhado" ante os manifestantes.
Quando o jovem pretendia passar pela barricada, da qual não participava, relatou Maduro, chegou ao lugar uma pessoa que tinha sido agredida ali, e que o matou com uma arma branca. "Um senhor humilhado e um rapaz vítima da agressão dos guarimberos e depois a violência incontrolável: ambas, vítimas", disse Maduro, que denuncia uma tentativa de "golpe de Estado prolongado e fascista" contra ele, diante do qual prometeu "punho de ferro".
As manifestações se repetem diariamente na Venezuela desde o dia 12, e depois delas houve atos de violência que ainda hoje deixaram três mortos. Tanto governo como oposição multiplicaram os apelos a que as manifestações aconteçam sem recorrer à violência, que além dos 11 mortos deixou mais de 150 feridos e dezenas de detidos.