Uma autópsia indica que George Floyd, ex-segurança negro que morreu após uma abordagem policial em Minneapolis, teve Covid-19, mas a infecção não foi listada como um fator em sua morte.
Um primeiro teste positivo para a doença provocada pelo novo coronavírus já tinha acontecido semanas antes da sua morte, que provocou uma onda de protestos contra o racismo em várias cidades dos Estados Unidos.
O documento de 20 páginas do Departamento de Medicina Legal do condado de Hennepin, divulgado na quarta-feira (3), diz que a causa da morte foi uma parada cardiopulmonar ocorrida enquanto Floyd estava sendo mobilizado pela polícia, que o levava sob custódia em 25 de maio. O legista concluiu que a morte foi um homicídio. Uma autópsia encomendada pela família já tinha concluído que ele foi assassinado.
O policial Derek Chauvin se ajoelhou no pescoço de Floyd por quase oito minutos, enquanto ele se queixava de que não conseguia respirar. Floyd foi detido após o funcionário de uma mercearia em Minneapolis chamar a polícia e acusar o homem de tentar pagar as compras com uma nota falsa de US$ 20.
A autópsia afirma também que uma amostra nasal coletada no corpo de Floyd teve resultado positivo para Covid-19. Porém, um teste feito em 3 de abril tinha sido positivo para o código genético do vírus (RNA). Não ficou claro imediatamente se Floyd desenvolveu sintomas da doença no início do ano ou se foi portador assintomático, de acordo com a NBC News.
O RNA pode permanecer no corpo por semanas após o desaparecimento da doença. Por isso, a autópsia diz que um segundo teste positivo após sua morte significa provavelmente que Floyd, de 46 anos, era assintomático com relação à infecção que teve anteriormente.
A autópsia, ao listar a parada cardiopulmonar como a causa da morte de Floyd, também citou "complicada aplicação da lei, restrição, contenção e compressão do pescoço".
O relatório listou vários fatores adicionais como "condições significativas" que contribuem para a morte de Floyd, incluindo doenças cardíacas, pressão alta e intoxicação pelo poderoso opióide fentanil, bem como o uso recente de metanfetamina.