Nova York amanheceu quase paralisada nesta segunda-feira por causa dos preparativos para a passagem do furacão Sandy pela cidade. Todo o sistema de transporte público da área metropolitana, onde vivem cerca de 19 milhões de pessoas, está fechado, assim como parques e escolas. Áreas costeiras foram esvaziadas, e a Bolsa ficará fechada em caráter excepcional pela primeira vez desde 11 de setembro de 2001.
Os preparativos atingem, ao todos, nove Estados americanos, incluindo Nova York, Maryland, Pensilvânia, Virgínia, Connecticut, Nova Jersey, Massachussets, Delaware e Rhode Island, além do Distrito de Columbia, onde fica a capital, Washington.
Também foram cancelados pelo menos 7.400 voos procedentes ou com destino à costa leste americana até terça-feira (30). A previsão é de que o tráfego aéreo seja afetado até quarta-feira (31). Os cancelamentos geram reflexos nos aeroportos brasileiros.
Cerca de 375 mil tiveram de ser retiradas de áreas costeiras, incluindo Coney Island, Red Hook, Rockaway Beach e quase toda a costa de Staten Island. Essas pessoas foram levadas a mais de 70 abrigos que foram improvisados em prédios de escolas públicas.
O furacão Sandy alcançou categoria 1 na escala Saffir-Simpson, que vai até cinco. Antes de chegar aos EUA, ele passou pelo Caribe, onde provocou 66 mortes no Haiti, Cuba, República Dominicana, Jamaica e Bahamas. Os ventos estavam a 140 km/h na manhã desta segunda-feira, a 615 km da cidade de Nova York.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou os americanos neste domingo (29) que o furacão Sandy é uma "tempestade séria e grande" e pediu aos moradores da Costa Leste do país que sigam as ordens das autoridades para se protegerem.
"O sistema de transportes é a alma da região da cidade de Nova York, e suspender todos os serviços não é um passo simples", disse governador de Nova York, Andrew Cuomo. "Mas manter os nova-iorquinos a salvo é a primeira prioridade."