O governo do novo presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, ex-comandante do exército eleito um ano depois de ter derrubado o islamita Mohamed Mursi, prestou juramento nesta terça-feira no Cairo.
Os 34 ministros e o chefe de Governo, Ibrahim Mahlab, prestaram juramento diante do chefe de Estado.
Treze ministros são novos na comparação com o governo provisório instalado por Sissi depois de ter destituído e detido Mursi em 3 de julho de 2013.
A mudança mais importante é a nomeação do ex-embaixador em Washington Sameh Chukri como ministro das Relações Exteriores.
O ministro do Interior, Mohamed Ibrahim, considerado um dos principais responsáveis pela repressão aos partidários de Mursi, sobretudo contra a Irmandade Muçulmana, mantém a pasta.
Entre as novidades do gabinete estão o fim dos ministérios da Informação e do Desenvolvimento Local e a criação do Ministério de Desenvolvimento Urbano.
Os membros do governo, entre os quais há apenas quatro mulheres, mantiveram uma reunião com Sissi após o juramento.
Tratar da crise econômica e conduzir o país para a realização de eleições legislativas são as principais atribuições do Gabinete.
Sissi venceu a eleição presidencial no fim de maio com 96,9% dos votos, um resultado previsível por sua popularidade, obtida com a repressão aos simpatizantes de Mursi.
Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, um ano e meio depois da queda de Hosni Mubarak em consequência de uma revolta popular, está detido e pode ser condenado à pena de morte em vários processos, assim como quase todos os dirigentes da Irmandade Muçulmana.