Bombardeios israelenses deixaram mais de 50 mortos em cidades libanesas, neste domingo (29). O Ministério da Saúde do Líbano informou que 24 pessoas morreram e 29 ficaram feiras em ataques de Israel perto de Sidon, a principal cidade do sul do Líbano. O ataque atingiu um prédio na vila de Ain El Delb.
Um outro bombardeio aconteceu na cidade de Baalbek-Hermel, no leste do país, deixando 21 mortos e mais 47 feridos, segundo órgão de saúde do país.
Israel intensificou os ataques direcionados ao Líbano nas últimas semanas, com o objetivo de eliminar membros do alto escalão do grupo extremista Hezbollah.
Neste domingo, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse que "Israel não deveria ser autorizado a atacar os países do 'Eixo de Resistência'". Esse grupo, coordenado pelo Irã, é predominantemente formado por milícias xiitas e tem entre os pilares principais Hezbollah, Houthis, Hamas (o único sunita) e facções de apoio no Iraque e na Síria.
Mortes de membros do Hezbollah
Neste domingo, por exemplo, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram, em nota, que mataram outro líder do Hezbollah, Nabil Kaouk. No último sábado (28), o país já havia anunciado a morte de Sayyed Hassan Nasrallah, número 1 e principal rosto do Hezbollah, que comandava o grupo extremista libanês desde 1992.
O corpo de Hassan Nasrallah foi recuperado do local do ataque aéreo israelense em Beirute e, segundo informou a agência de notícias Reuters neste domingo, está "intacto". A causa da morte teria sido um traumatismo contundente, causado pela força da explosão.
Segundo os militares israelenses, as forças aéreas de Israel atingiram uma série de alvos no Líbano neste domingo, "incluindo lançadores que estavam apontados para o território de Israel", depósitos de armas e uma "infraestrutura adicional" do grupo extremista.
O Hezbollah ainda não comentou sobre Kaouk, mas seus apoiadores têm publicado mensagens de luto por ele desde sábado.