Entre 700 e 850 pessoas já foram mortas pelas forças de segurança da Síria durante os protestos populares contra o governo do país, segundo afirmou nesta sexta-feira (13) um porta-voz das Nações Unidas.
Rupert Colville, porta-voz do alto comissário da ONU para Direitos Humanos, afirmou que o número de vítimas citado pelas organizações não-governamentais (ONGs) na Síria, que fica entre 700 e 850, é "muito provavelmente verdadeiro".
Os protestos contra Assad, que está no poder há 11 anos, começaram no último dia 15 de março. Testemunhas e grupos de defesa dos direitos humanos acusam as forças de segurança sírias de abrir fogo contra os manifestantes, usando munição real.
Além disso, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha estima que milhares de pessoas tenham sido detidas pelas forças de segurança na Síria. O governo, por sua vez, diz que está enfrentando "gangues de terroristas armados".
Nesta sexta, no entanto, os relatos dão conta que os agentes do governo lançaram bombas de gás lacrimogêneo e deram tiros para o alto para afastar a multidão, mas não dispararam diretamente contra os manifestantes.
Na capital do país, Damasco, Muir afirma que, segundo testemunhas, prisões foram feitas durante um protesto no subúrbio de Douma. Já na localidade de Daraya, a oeste da capital, a polícia usou gás lacrimogêneo contra os participantes.
Já na cidade de Deraa, ao sul, relatos indicam que as forças de segurança deram tiros para cima para dispersar a multidão. Deraa é um dos principais palcos de manifestações desde o início do levante.