O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, receberá nesta sexta-feira (20) o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, um dia após propor - e ter sua ideia rejeitada - um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967.
Trata-se do primeiro encontro bilateral entre os dois líderes em um ano, e a terceira visita de Netanyahu à Casa Branca desde que Obama chegou ao poder.
Nesta ocasião, a reunião será realizada em uma semana em que o líder americano se encontra totalmente dedicado à política para o Oriente Médio, à luz dos processos de transição nos países árabes, e procura dar um novo impulso ao processo de paz entre israelenses e palestinos.
Em discurso no Departamento de Estado na quinta-feira, Obama considerou que o Estado palestino deverá ter como base as fronteiras de 1967, antes da Guerra dos Seis Dias, na qual Israel ficou com o controle da Península do Sinai, Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Colinas de Golã.
"Impraticável"
Antes de seguir para Washington, onde participará da conferência anual do Comitê de Assuntos Públicos Americano-Israelense (Aipac, na sigla em inglês) e discursará no Congresso americano, Netanyahu assegurou que a proposta de Obama é "impraticável".
Em seu discurso, Obama também advertiu os palestinos de que a planejada votação a favor de um Estado palestino na ONU em setembro será só "simbólica" e não servirá para estabelecer o país independente almejado.