Obama tem nova chance em debate desta terça

No primeiro debate, o republicano Mitt Romney saiu vitorioso.

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Uma plateia de eleitores indecisos, selecionados pelo instituto Gallup, fará perguntas de temas domésticos e internacionais nesta terça-feira, às 21h (22h no Brasil), ao presidente americano, Barack Obama, e a seu oponente, o republicano Mitt Romney, no segundo debate da campanha presidencial.

Ao contrário das vésperas do primeiro debate, quando Obama se dedicou a eventos de campanha e até teve tempo para visitar a represa Hoover, o presidente passou o fim de semana se preparando --com pausa de apenas uma hora para visitar e levar pizzas a voluntários de seu comitê.

O novo empenho é reflexo da performance, no primeiro debate, do presidente, chamada de apagada e desastrosa até por personalidades democratas.

Pesquisas após o embate revelam que Obama perdeu pontos que foram parar nas mãos de Romney, que até então fazia uma campanha errática e com diversas gafes.

Para os republicanos, o ânimo voltou com força, o que se traduz em mais doações e voluntários, a apenas três semanas da eleição de 6 de novembro.

O formato do debate de hoje à noite na Universidade Hofstra, em Hempstead, a 40 km de Nova York, é bem diferente do primeiro.

É chamado de "town hall meeting", em referência às assembleias comunitárias onde as decisões eram tomadas em votação nas colônias americanas, antes da independência.

Os presidenciáveis ficam em pé, dirigindo-se ao público, sentado em uma arena semicircular. A plateia faz perguntas aos dois candidatos.

Outra diferença é a mediação. Desta vez, a mediadora é Candy Crowley, apresentadora da CNN que comanda um programa dominical de debates políticos.

Ela já adiantou que pretende insistir em suas perguntas quando considerar as respostas evasivas.

No primeiro debate, o mediador Jim Lehrer foi quase tão criticado quanto Obama, por permitir que os candidatos falassem mais que o tempo previsto.

Assessores de Obama têm dito que o presidente é muito competitivo e que usará o debate para apontar inconsistências em Romney.

O republicano, que, segundo pesquisas, ainda perde para Obama entre o eleitorado feminino e no quesito simpatia, precisará moderar a agressividade, destacada no primeiro evento, e mostrar-se mais humano e caloroso, como conseguiu fazer no último.

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