Aproximadamente 100 mil pessoas foram feridas nos dois anos de conflito bélico entre forças governamentais e grupos rebeldes armados na Síria, dos quais 25 mil teriam ficado com algum tipo de incapacidade física permanente, afirmou nesta segunda-feira a comissão investigadora da ONU para esse país.
Essas 100 mil pessoas feridas se somam aos 70 mil mortos reconhecidos pelo alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, entidade que também já reconheceu que este número - tido como conservador - pode ser ainda maior.
"Conforme os confrontos se estendem na Síria, os civis fogem e passam a lutar por espaços seguros. O resultado desta ação é uma maré de deslocamento, com milhões apanhados em meio a crise, traumatizados e que necessitam apoio psicológico", afirmou o presidente da comissão, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.
Segundo o relatório do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que é realizado em Genebra, o aumento da violência nas últimas semanas sugere que, entre os um milhão de sírios que se refugiaram em países vizinhos nos dois últimos anos, 160 mil teriam feito esse êxodo "em um período de apenas 12 dias" e nas últimas semanas.