Oscar traz embate entre cinema milionário e independente

Como esperado, a medida da Academia de aumentar de cinco para dez os indicados teve efeito imediato nas bilheterias dos EUA

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"Guerra ao Terror" e "Avatar", filmes que retratam o conflito no Iraque e uma batalha em 3D na fictícia Pandora, respectivamente, concorrem cada um em nove categorias do Oscar, que será entregue na noite de hoje, em Los Angeles (EUA).

Além dos dois longas --o primeiro de baixo orçamento, e o segundo o mais rentável da história do cinema--, há outras oito produções competindo pelo prêmio principal, o de melhor filme, uma novidade que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas resolveu resgatar dos anos 40.

Na lista dos dez filmes da categoria, há até um filme de animação, "Up - Altas Aventuras", uma ficção científica, "Distrito 9", e dois dramalhões, "Preciosa - Uma História de Esperança" e "Um Sonho Possível", todos filmes que, em geral, haviam caído no gosto do público antes mesmo das indicações.

Como esperado, a medida da Academia de aumentar de cinco para dez os indicados teve efeito imediato nas bilheterias dos EUA e do Brasil, nas semanas que antecederam a cerimônia, ajudando a alavancar uma indústria que tenta se adequar aos novos tempos.

James Cameron ("Avatar") e Kathryn Bigelow ("Guerra ao Terror") também disputam o prêmio de melhor direção, ao lado de Quentin Tarantino, Lee Daniels e Jason Reitman.

Muito além de uma contenda entre ex-marido e ex-mulher, Cameron e Bigelow marcam um embate pela forma de fazer cinema nos dias de hoje, como escreve o cineasta Walter Salles em artigo na Ilustrada, exclusivo para assinantes. "Talvez o Oscar mais emblemático dos últimos dez anos", diz o diretor.

A festa do Oscar será transmitida pelo canal a cabo TNT, incluindo a chegada dos convidados no tapete vermelho, a partir das 22h, e pela Globo, após o "Big Brother Brasil 10".

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