O Papa Francisco embarcou nesta quarta-feira (25) para sua primeira visita à África. Ele desembarcará em Nairóbi, no Quênia. Na sequência, vai a Uganda e República Centro-Africana. Francisco é o quarto papa na história a visitar a África.
Um grande esquema de segurança foi montado para a chegada do pontífice. Dez mil agentes foram deslocados para isso. Há o temor de um ataque terrorista do grupo al-Shabab.
A visita do papa adquire a condição de máximo risco e requer um dispositivo extraordinário de segurança que irá mudar o dia a dia do Quênia. Além dos 10 mil seguranças que vigiarão a cidade, a maior parte das principais avenidas estarão fechadas para o trânsito.
Além disso, o governo declarou o dia 26 como feriado nacional. A justificativa oficial é permitir que todos possam aproveitar a visita papal, mas o motivo real, em um país de maioria protestante e sem grandes expectativas quanto a visita, é que milhares de pessoas nem sequer poderão chegar ao trabalho.
Quênia, Uganda e República Centro-Africana são países marcados pela falta de respeito aos direitos humanos e a violência armada. Francisco pretende deixar uma mensagem de justiça, paz e tolerância.
O pontífice aterrissará à tarde em Nairóbi, onde encontrará o presidente do país, Uhuru Kenyatta, que até o final do ano passado era acusado pelo Tribunal Penal Internacional como responsável pela onda de violência ocorrida no Quênia após as eleições de 2007.