Em entrevista coletiva no início da noite deste sábado (14), no horário local, o procurador-geral da França apresentou novas informações sobre os ataques que ocorreram na noite de ontem em Paris. De acordo com François Molins, até o momento foram contabilizados 129 mortos e 352 feridos, sendo que 99 pessoas estão em situação de saúde considerada crítica.
Molins apresentou uma cronologia dos ataques. Os terroristas usaram pelo menos dois veículos até os locais dos atentados, o que sugere que a ação foi coordenada entre grupos. Eles, aparentemente, teriam se divido em três equipes armadas: uma no Stade de France, outra usando um carro preto Seat, visto em vários locais onde ocorreram tiroteios, e a terceira utilizando um carro Polo VW preto.
As investigações tiveram início na noite de ontem e ainda estão em andamento."As informações são limitadas, ainda estamos no começo, estamos juntando as evidências para saber o que aconteceu, e por isso temos que manter o sigilo", disse Molins.Foi confirmado que oito terroristas morreram.
O primeiro ataque ocorreu no Stade de France, com uma explosão no portão D. Dois corpos foram encontrados ali: um deles com um cinto de explosivos e baterias e o outro, de um pedestre.Logo depois, frequentadores de um restaurante foram atacados por homens armados que chegaram em um veículo preto: ali 15 morreram e 10 ficaram feridos.Às 21h30, houve a segunda explosão no estádio. Foi encontrado o corpo de mais um homem vestindo um cinto com explosivos no portão H.Às 21h32, um tiroteio foi registrado em frente a um bar no 11º distrito da cidade, com 5 mortos e 8 feridos. Cerca de 100 cápsulas de balas foram encontradas no lugar, de acordo com as investigações. O atirador havia chegado ao local em um carro preto.
O maior número de mortos foi registrado na sala de concertos Bataclan, onde os homens armados teriam feito menções rápidas ao Iraque e à Síria durante o ataque. Neste local, dois terroristas acionaram os cintos com explosivos que usavam presos ao corpo e um terceiro terrorista foi morto pela polícia. O número de feridos ali ainda é incerto, e 89 vítimas morreram. Estas informações foram obtidas, em parte, a partir de imagens de câmeras de monitoramento nos locais onde ocorreram os atentados.De acordo com Molins, os terroristas usavam em seus cintos explosivos do tipo TATP, feitos de forma caseira, com produtos químicos comumente encontrados, e às vezes chamados de "mãe de Satã". Esse tipo de explosivo não é facilmente identificado por cães farejadores, por exemplo. (com agências de notícias)