A polícia da Austrália prendeu 16 brasileiros acusados de envolvimento em um esquema de tráfico de drogas do Brasil para a Austrália. A prisão de grande parte do grupo ocorreu em Gold Coast durante a operação "Lima Exposure", que teve início em novembro de 2012 e foi divulgada oficialmente na quarta-feira (19).
Com os brasileiros foram apreendidos 14 kg de cocaína, informou a Polícia Nacional Australiana. Eles seriam estudantes e portavam ainda cerca de 5 milhões de dólares australianos.
Conforme o jornal australiano "Gold Cost Bulletin", três dos brasileiros presos seriam mulas e portavam a cocaína em mochilas escolares. Dois deles teriam sido presos em novembro e outro, em janeiro, com idades entre 19 e 26 anos. No total, 23 pessoas foram detidas na opeação.
O Itamaraty informou que foi comunicado da prisão dos brasileiros na quarta-feira e que avisou familiares de alguns estudantes no Brasil que pediram assistência. O consulado brasileiro em Sydney deslocou um funcionário para obter informações junto aos autoridades australianas.
Segundo o Itamaraty, há a informação de que ao menos um dos brasileiros detidos já foi liberado e estaria esperando o andamento do caso. Alguns dos brasileiros brasileiros já teriam sido libertados. Não há a informação de se eles puderam deixar ou não a Austrália.
Tráfico via aeroportos
Em anúncio oficial, a Polícia de Queensland informou que a operação foi a maior realizada contra importação de drogas em Gold Coast, iniciada em novembro de 2012 após suspeitas de distribuição de cocaína na região.
A investigação contou com participação da Polícia Federal da Austrália e o Serviço de Proteção de Fronteiras do país, que descobriu um grande número de brasileiros supostamente envolvidos em um esquema de importação de cocaína para a Austrália pelos aeroportos de Sydney e de Brisbane, que ficam próximos de Gold Coast.
A droga foi encontrada em mochilas que estavam em posse dos brasileiros. Eles teriam sido recrutados para o transporte da cocaína para a Austrália.
O governo australiano informou que pediu a prisão de outros brasileiros envolvidos no esquema e que não estão agora na Austrália.