Polícia “fritou” ele, diz parente de brasileiro morto na Austrália

As duas irmãs de Beto, como ele era conhecido, procuraram advogados para, se de fato houver erro, processar o governo.

Roberto Curti, 21, morto após abordagem da polícia australiana na madrugada de domingo (18) em Sydney. | Reprodução
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A família de Roberto Laudisio Curti, 21, morto pela polícia australiana no último domingo (18), afirma ter "indícios de que a morte do rapaz foi um erro". Os policiais "perseguiam outra pessoa e não tomaram o cuidado de identificá-lo antes de fritá-lo", disse uma familiar dele que pediu anonimato.

As duas irmãs de Beto, como ele era conhecido, procuraram advogados para, se de fato houver erro, processar o governo. "A família está muito abalada, mas não deixará passar este crime."

As circunstâncias do crime ainda precisam ser esclarecidas, diz a parente: "Sabemos que ele estava em uma balada com os amigos e se separou deles por algum motivo, uma provável briga", disse.

Segundo ela, o rapaz entrou na loja pedindo ajuda. "Se ele entrou se sentindo ameaçado, por que roubaria um pacote de bolachas?"

A familiar continuou a questionar a atuação policial.

"Por que dar diversos disparos em alguém já imobilizado? Como policiais treinados não conseguiriam conter um garotão?"

Um "cara normal", diz a parente, Beto estudava inglês na Austrália, onde morava com uma irmã. Ele perdera o pai na infância e a mãe na adolescência, ambos vítimas de câncer, segundo ela.

Paulistano, torcedor do Palmeiras, o rapaz havia cursado administração na Faap e na PUC-SP. Trancou matrícula para viajar.

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