Três terroristas levaram 50 tiros
A Scotland Yard ainda não revelou a identidade dos três agressores abatidos por 50 disparos de oito agentes que chegaram primeiro ao local do ataque. Entre os sete mortos há um francês, informou o ministro de Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian. Sete franceses foram hospitalizados, quatro deles com ferimentos graves e um permanecia desaparecido.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou com firmeza neste domingo o ataque terrorista que deixou sete mortos e 48 feridos em Londres e pediu esforço internacional para localizar os terroristas.
Peritos continuam com os trabalhos de investigação na London Bridge, fechada após os ataques terroristas da véspera. Polícia realiza buscas em um apartamento onde teria morado um dos suspeitos dos ataques terroristas da véspera, em Barking Road, ao leste de Londres.
O português manifestou o desejo de que os "responsáveis por esta violência injustificada sejam encontrados rapidamente e levados diante à justiça", disse o porta-voz do secretário-geral, Stephane Dujarric.
Ariana Grande e outros artistas fazem neste momento um show em homenagem as vítimas do ataque em Manchester. O show beneficente é transmitido no Twitter e nas contas oficiais da cantora no YouTube e no Facebook.
Público do show beneficente One Love Manchester mostra cartazes com a inscrição "Nós estamos juntos", em solidariedade às vítimas do ataque realizado na saída do show de Ariana Grande em maio, que deixou 22 mortos e dezenas de feridos.
A mãe de um jovem de 23 anos ferido no atentado terrorista de Londres afirmou neste domingo que o agressor que apunhalou seu filho disse, antes de cravar-lhe a arma, que fazia aquilo "pelo islã", segundo declarações feitas à imprensa britânica.
Este foi o terceiro atentado no Reino Unido em menos de três meses, após o que deixou 22 mortos em Manchester no dia 22 de maio, ao final de um show da cantora Ariana Grande, e do ataque de 22 de março perto do Parlamento, quando um homem atropelou as pessoas e depois esfaqueou um policial, com um balanço de cinco mortos.
Van branca usada no ataque que deixou 7 vítimas mortas perto da London Bridge é retirada do local e transportada em um caminhão neste domingo, em Londres.
Polícia prende 12 suspeitos de conexão com ataques em Londres
A polícia britânica anunciou neste domingo (04), a detenção de 12 pessoas na zona leste de Londres como parte da investigação do atentado deste sábado, que deixou sete mortos na capital da Inglaterra. Agentes da unidade antiterrorista da Polícia Metropolitana realizaram a detenção de "12 pessoas no bairro de Barking, zona leste de Londres, em conexão com os incidentes da noite passada na Ponte de Londres e na área do mercado de Borough", anunciou a polícia em um comunicado. As operações prosseguem no bairro.
Na noite deste sábado, um carro branco, descrito como uma van, atropelou entre 15 e 20 pessoas sobre a ponte. Ao mesmo tempo, homens com facas atacaram pessoas que estavam em um restaurante a poucas quadras do local, no mercado de Borough.
De acordo com os relatos, a van desviou da pista para a direita e seguiu em direção aos pedestres que caminhavam pela calçada. Em pronunciamento neste domingo, a primeira-ministra, Theresa May, disse que a situação "já passou do limite", sugerindo que vai endurecer as ações de repressão internas.
May diz que muitos dos feridos estão em estado crítico e atribui atentado ao extremismo
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmou neste domingo (4) que "muitos" dos quase 50 feridos nos atentados da noite de sábado em Londres estão em estado "crítico". No ataque, registrado na região da London Bridge, sete pessoas morreram e três terroristas suspeitos de realizar o ataque foram abatidos pela Polícia.
A premiê falou à imprensa após se reunir com o comitê de segurança na manhã deste domingo e atribuiu o atentado ao "extremismo islamita".
May pediu união para conter o terrorismo extremista. "Temos que ter uma estratégia robusta. Temos que revisar a estratégia contra-terrorista no Reino Unido. Se tivermos que aumentar as penas, faremos isso. Chegou a hora de dizer: basta. Nossa sociedade precisa continuar com os nossos valores".
May disse que o país enfrenta "uma nova forma de ameaça", na qual os autores dos atentados "copiam uns aos outros" e se inspiram em "uma ideologia do mal do extremismo islamita".
Durante o pronunciamento, a premiê lembrou que o atentado de sábado à noite foi o terceiro no Reino Unido nos últimos três meses. "Nós não podemos permitir que eles continuem agindo, as coisas precisam mudar, embora esses últimos ataques não estejam conectados, estão unidos pelo extremismo do islã, é uma ideologia que ataca os valores de liberdade ocidental", comentou.
Eleições gerais
May confirmou que as eleições gerais, programadas para quinta-feira (8), estão mantidas e não deverão ser adiadas. Entretanto, afirmou que a campanha de ao menos dois partidos, incluindo o Partido Conservador, foram ineterrompidas neste domigo.
"O Partido Conservador não fará campanha nacional hoje. Vamos avaliar a situação durante o dia", afirmou um porta-voz da formação. O líder do opositor Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmou em um comunicado que seu partido também suspenderá todos os atos eleitorais a nível nacional "como demonstração de respeito aos falecidos e aos feridos".
Também decidiram suspender a campanha o Partido Nacional Escocês (SNP) e o Partido Liberal-Democrata. O líder do partido antieuropeu UKIP, Paul Nuttall, foi o único que não suspendeu a campanha, porque, segundo ele, "é exatamente o que os extremistas querem que façamos".
Terroristas mortos
A resposta dos agentes da polícia aos ataques foi rápida: as forças de segurança chegaram no Borough Market oito minutos depois e logo passaram a enfrentar os suspeitos. Tiros foram disparados e os três terroristas foram mortos.
Segundo o comissário Mark Rowley, a polícia acredita por enquanto que apenas esses três tomaram parte no ataque, mas ainda está investigando a possibilidade da participação de mais pessoas.
3º incidente isolado