A polícia deteve na noite desta quarta-feira (6) o suspeito de colocar a bomba que no dia 19 de maio matou uma jovem de 16 anos e feriu outros cinco alunos de uma escola de Brindisi, em um ataque que comoveu a Itália.
Segundo a imprensa italiana, o detido foi identificado como Giovanni Vantaggiato, de 68 anos, morador da aldeia de Cupertino, na região de Lecce.
Os meios de comunicação haviam informado que um suspeito era interrogado há várias horas na promotoria de Lecce e que os investigadores acreditavam em uma "vingança pessoal", cuja origem permanece obscura.
Vantaggiato é proprietário de um depósito de combustíveis em Cupertino e confessou o ataque após horas de interrogatório.
"É uma reviravolta importante e definitiva na investigação e o resultado representa um grande trabalho do poder judiciário, com colaboração esplêndida da polícia e dos carabineiros", disse o chefe da polícia italiana, Antonio Manganelli.
Segundo a investigação, Vantaggiato queria atacar o Palácio da Justiça de Brindisi, mas ao perceber que o local estava muito protegido, optou pelo centro escolar Morvillo Falcone.
A agência de notícias "Agi" informa que Vantaggiato queria se vingar da Justiça por não ter conseguido indenização em uma ação de fraude.
Vantaggiato foi localizado graças a imagens de câmeras de vigilância que filmaram seu carro, informa o site do jornal "La Repubblica".
A bomba artesanal explodiu pouco antes do início das aulas na escola Francesca Morvillo Falcone, em Brindisi, matando a jovem Melissa Bassi e ferindo gravemente outros cinco alunos.
A tragédia comoveu a Itália e reavivou o fantasma dos atentados terroristas dos anos 70 e das ações da máfia, devido ao nome da escola, já que Francesca Morvillo era mulher do célebre juiz antimáfia Giovanni Falcone. Os dois morreram em um atentado em 1992.