O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, declarou neste domingo (22) que seu sobrinho e a noiva dele estão entre as 59 vítimas do ataque de um grupo islamita contra um shopping de Nairóbi. Quase 200 ficaram feridas e ainda há cerca de 30 reféns no local.
Em um emotivo discurso, ele disse que os homens "não vão escapar das consequências de seus atos desprezíveis e brutais".
? Castigaremos os autores intelectuais.
Entre os mortos, também está o poeta ganês Kofi Awoonor. Ele era uma figura destacada da vida cultural de seu país, onde dirigia uma produtora de filmes que rodou uma obra baseada em sua vida. Awoonor foi exilado pouco depois que o presidente ganês Kwame Nkrumah foi derrubado por meio de um golpe de Estado em 1966.
Neste domingo (22), o Exército do país conta com a ajuda de forças especiais de Israel. Segundo agências internacionais, consultores israelenses estão ajudando com a estratégia de negociação, mas não há israelenses envolvidos em qualquer operação ofensiva iminente.
Segundo a fonte, apenas "alguns" israelenses, "puramente em um papel de aconselhamento", estavam presentes no luxuoso centro comercial Westgate, que tem várias lojas de propriedade de israelenses e é frequentado por estrangeiros e quenianos.
O porta-voz da Presidência, Manoá Esipisu, disse que de 10 a 15 suspeitos estão envolvidos nos ataques.
? Nós sabemos que eles já estão isolados em algum lugar dentro do edifício.
O grupo militante islâmico Al Shabab, da Somália, assumiu a responsabilidade pelo ataque. O grupo, que tem ligações com a rede Al Qaeda, vem promovendo ataques contra o Quênia desde 2011, quando tropas quenianas entraram no sul da Somália para combater os militantes do grupo.
Ataque
O ataque começou por volta das 13h (7h de Brasília) de sábado, quando uma dezena de membros da Al Shabab entrou no centro comercial, jogou uma granada no interior e começou a atirar contra os vários compradores que estavam no local.