A execução do detento americano John Errol Ferguson, que padece de esquizofrenia paranoide e acredita ser o "príncipe de Deus", foi reprogramada para a próxima terça-feira (23), após um tribunal ter decidido que ele tem capacidade mental para entender sua condenação.
A nova ordem de execução foi assinada pelo governador da Flórida, Rick Scott, depois de a anterior ter sido suspensa pela Suprema Suprema do estado.
Ferguson, de 64 anos e condenado à pena capital pelo assassinato de oito pessoas em Miami na década de 1970, receberá em 23 de outubro uma injeção letal em uma prisão de Raiford, no norte da Flórida.
No entanto, seus advogados já anunciaram que apelarão da execução perante a Suprema Corte dos Estados Unidos, com o argumento que seu cliente não tem capacidade para compreender sua situação e que sua execução seria inconstitucional.
O principal tribunal americano decidiu em 1986 que é inconstitucional executar um réu que não tenha capacidade para entender sua sentença.
Depois do adiamento da execução, prevista inicialmente para 16 de outubro, um painel de psiquiatras avaliou Ferguson, a pedido da defesa, e opinou que, ainda que acredite que é o "príncipe de Deus" e que ressuscitará, entende que será executado e os motivos pelos quais foi condenado a morrer.