Príncipe saudita que matou namorado pega prisão perpétua

Câmeras de segurança filmaram membro da realeza espancando funcionário em Londres

Câmera mostra príncipe batendo em empregado. | AFP
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Um príncipe saudita considerado culpado do assassinato de um empregado em um grande hotel de Londres foi condenado nesta quarta-feira (20) à prisão perpétua por um tribunal britânico.

Saud Ben Abdulaziz Ben Nasir al Saud, de 34 anos, neto do rei Abdullah por parte de mãe, terá que passar no mínimo 20 anos na prisão pelo assassinato de Bandar Abdullah Abdulaziz, de 32 anos, no dia 15 de fevereiro, em um quarto de luxo do hotel Landmark.

Nesta terça-feira (19), um júri popular declarou o príncipe culpado das acusações após 1h35 de deliberações.

A vítima foi encontrada estrangulada no quarto de hotel que dividia com o príncipe. Marcas de mordidas foram identificadas em seu rosto e, por todo o corpo, havia várias sinais de golpes. O assassino e seu empregado voltavam de uma festa de São Valentim, no dia dos namorados, quando o assassinato ocorreu.

O nobre saudita já havia batido em seu funcionário em inúmeras ocasiões, uma delas filmada pelas câmeras de segurança do hotel, em janeiro. De acordo com o membro da família real, os dois homens eram "amigos e iguais" e heterossexuais. Para o procurador do caso, no entanto, "está claro" que o príncipe é "homossexual ou apresenta tendências homossexuais". O empregado teria sido seu namorado.

Os advogados pediram que as audiências ocorressem a portas fechadas, já que o homossexualismo é considerado crime punível com morte na Arábia Saudita. O procurador Jonathan Laidlaw destacou que o príncipe tem poucas chances de retornar ao país de origem.

O príncipe tentou ainda, em vão, usar de sua imunidade diplomática no momento da prisão, mas o fato de pertencer à família real saudita não o livrou da Justiça britânica.

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