Na terça-feira (21), dia seguinte ao tornado devastador que matou pelo menos 24 pessoas na região de Oklahoma City, sul dos EUA, histórias de sobreviventes começaram a comover os norte-americanos. Uma delas é a da professora Rhonda Crosswhite, que protegeu seus alunos com o próprio corpo enquanto parte da escola desabava com os ventos de até 320 km/h.
Rhonda contou ao canal de TV NBC que correu até o banheiro da escola primária Plaza Towers com os estudantes quando o tornado começou a sacudir o prédio, que teve o teto arrancado e foi parcialmente destruído.
O terror durou 25 minutos. Ela disse que um estudante em pânico gritou: "Eu te amo, eu te amo, por favor não morra comigo".
O pai de um dos alunos ajudou no resgate. Todos os estudantes que estavam com a professora saíram vivos. Apenas um deles sofreu um ferimento na cabeça.
A escola primária Plaza Towers foi uma das cinco escolas na rota do tornado. "[As equipes de resgate] estavam literalmente levantando as paredes, e as crianças saíam", disse o sargento da polícia Jeremy Lewis.
? Eles retiraram crianças debaixo de blocos de cimento sem um só arranhão.
"Percorri a área [...] e a impressão que se tem é que ninguém podia ter sobrevivido a isto", declarou Mick Cornett, prefeito de Oklahoma City.
Na terça-feira antes do meio-dia, a chefe do serviço forense de Oklahoma City, Amy Elliott, disse à AFP que o necrotério tinha recebido 24 corpos, sendo nove deles de crianças, e que a maioria tinha sido identificada. Registros anteriores haviam indicado 91 mortos, entre os quais 20 crianças.
O tornado, de até 3 km de largura, arrasou a cidade de Moore, ao sul de Oklahoma City, destruindo em sua passagem casas, escolas, prédios, arrancando árvores pela raiz e semeando o pânico entre os moradores.
O estudante Damien Kline disse, comovido, que a professora salvou sua vida.
? [A professora] estava cobrindo a mim e a meu amigo Zachary.