Pelo menos 43 pessoas morreram e quase 500 ficaram feridas durante uma manifestação realizada na sexta-feira em Trípoli contra a presença de milícias armadas, informaram fontes médicas. Perante esta situação, a prefeitura da capital líbia decretou três dias de luto.
Os últimos dados facilitados pelas autoridades cifravam em 32 os mortos e 391 os feridos, embora uma fonte tenha assegurado à Agência Efe que os dados eram provisórios já que se desconhecia o número exato de civis e milicianos mortos.
No hospital de Abou Slim, a Efe constatou que vários feridos se encontram em estado grave e que nesta madrugada foi lançada uma campanha para doação de sangue e mobilização de pessoal médico perante a magnitude da tragédia.
Centenas de pessoas participaram ontem de uma passeata pacífica para reivindicar a saída das milícias armadas da capital líbia e, quando os manifestantes se aproximaram da sede de uma dessas milícias, no bairro de Gargur, foram atacados com armas de fogo de forma indiscriminada.
Após o começo dos disparos, o caos se estendeu entre os manifestantes e chegaram ao local brigadas de milicianos de diferentes áreas de Trípoli e civis armados, o que fez explodir violentos enfrentamentos.
"O pior para o povo líbio é a presença de armas fora das mãos das forças do Estado, das mãos do exército e da polícia", disse o primeiro-ministro, Ali Zidan, que condenou o ocorrido e pediu calma aos cidadãos.