Na luta para se recuperar dos terremotos que devastaram cidades como Amatrice, Accumoli e Norcia no ano passado, a zona central da Itália voltou a registrar fortes terremotos na manhã desta quarta-feira (18).
Às 10h25 no horário local (7h25 em Brasília), um tremor de 5.1 graus de magnitude na escala Richter sacudiu as regiões de Abruzzos, Lazio e Marcas, no coração da Itália .
O sismo teve epicentro a 9 quilômetros de profundidade, sob a cidade de Montereale, em Abruzzos, cuja capital, Áquila, a 30 quilômetros de distância, foi devastada por um terremoto com 309 mortos em abril de 2009.
Menos de uma hora depois, às 11h14, um sismo ainda mais forte, de 5.5, sacudiu o centro do país. Em Roma, a terra tremeu por alguns segundos, e há relatos de um tremor "fortíssimo". O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, está em contato direto com o chefe da Proteção Civil, Fabrizio Curcio, para acompanhar a situação. Às 11h25, outro sismo de 5.4 atingiu a mesma região.
Essa mesma zona do país sofreu com sismos em sequência no segundo semestre de 2016. Apenas um deles, de magnitude 6.0 graus na escala Richter, no último dia 24 de agosto, deixou 299 mortos, a maioria na cidade de Amatrice, no Lazio, que fica a poucos quilômetros do epicentro do primeiro tremor desta quarta.
Resgate e danos
Até o momento, foram registrados desabamentos nas cidades de Campotosto, na província de Áquila, centro da Itália. Além disso, diversas escolas da província de Rieti, onde fica Amatrice, foram evacuadas por conta do terremoto, assim como na região de Marcas. No entanto, não há notícias sobre vítimas nessas regiões.
O Corpo de Bombeiros de Ascoli Piceno, na região italiana de Marcas, está se dirigindo à cidade de Arquata del Tronto para procurar agricultores dados como desaparecidos após os terremotos desta quarta. O alarme foi dado por amigos, que não conseguiram contatá-los pelo celular.
Norcia e Accumoli, também atingidas pelos tremores do ano passado, não registraram problemas nesta quarta. Além de lutar para se recuperar dos terremotos de 2016, o centro da Itália ainda convive com uma intensa onda de frio, que tem dificultado a vida das milhares de pessoas que ainda estão desalojadas.
De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália, os tremores desta quarta nasceram do mesmo sistema de falhas ativado no último dia 24 de agosto.