O Reino Unido se despede nesta quarta-feira (17) da ex-premiê Margaret Thatcher, morta no dia 8 aos 87 anos.
O cortejo fúnebre passou pelas ruas do centro de Londres rumo à catedral de St. Paul, onde ocorre uma missa, com a presença de 2.300 convidados, entre eles chefes de Estado, a Rainha Elizabeth II da Inglaterra e personalidades.
Algumas das principais ruas do centro da cidade foram fechadas ao tráfego.
Várias pessoas se instalaram nos pontos mais importantes do percurso do cortejo.
Com bandeiras britânicas e em grande parte vestindo luto, o público se postou atrás das cercas instaladas pelas forças da ordem para marcar o percurso do cortejo até a catedral de São Paulo.
O caixão da ex-primeira-ministra britânica, envolvido com a bandeira nacional britânica, foi transportado em uma carruagem até a porta do imponente templo anglicano, onde oito militares de forças associadas com a guerra das Malvinas de 1982 levaram o caixão para dentro da catedral.
A presença policial foi reforçada na cidade, com 4 mil homens acompanhando a cerimônia, dois dias após os ataques que mataram três pessoas e deixaram 176 feridas na cidade americana de Boston.
Polêmica
Thatcher morreu em 8 de abril, em Londres, vítima de acidente vascular cerebral.
Polêmica, ela foi uma das figuras dominantes na política inglesa no século XX, ao dirigir, durante 11 anos, um governo que reduziu o tamanho do Estado e transformou o Reino Unido.
Sua política neoliberal, que entrou para a história com o nome de ?thatcherismo?, ainda influencia líderes mundialmente e é criticada e elogiada até hoje, inclusive no Brasil.
Após sua morte, o atual premiê britânico, o conservador David Cameron, disse que o Reino Unido "perdeu uma grande líder, uma grande primeira-ministra e uma grande britânica".
Thatcher havia sido internada pela última vez em dezembro de 2012, quando passou por uma cirurgia na bexiga.
Ela não falava em público desde 2002, quando os médicos desaconselharam a presença diante de audiências após uma série de pequenos derrames que deixaram como sequela confusões ocasionais e perdas de memória.
A filha Carol escreveu em suas memórias, publicadas em 2008, que, nos piores momentos, Thatcher tinha dificuldades para terminar as frases e esquecia que o marido, Denis, havia morrido em 2003.
O funeral da Dama de Ferro tem honras militares, em um evento visto pela última vez quando faleceu o ex-primeiro-ministro Winston Churchill, em 1965.