O avanço constante da Rússia no leste da Ucrânia em 2024, que ameaça romper as defesas do país invadido em 2022, conta com uma nova estratégia militar. Trata-se do uso de kits que transformam bombas de queda livre em armas planadoras de precisão razoável e grande poder destrutivo. O presidente ucraniano Volodimir Zelenski voltou a pedir ao Ocidente o envio de defesas aéreas para proteger Kiev, citando o uso maciço de drones, mísseis e bombas planadoras pela Rússia em abril.
SOLUÇÃO DE BAIXO CUSTO: Os kits, que conferem uma nova capacidade às bombas de queda livre, são uma solução de baixo custo que permite à Rússia lançar bombas a distâncias de até 70 km de altura, longe de baterias antiaéreas ucranianas. Uma estrutura aerodinâmica é acoplada à bomba, que é então guiada por GPS russo, proporcionando maior precisão ao atingir seus alvos. O impacto dessas bombas tem sido relatado como devastador nas linhas de frente, contribuindo para o sucesso russo após conter a contraofensiva de Kiev.
PODER DE DESTRUIÇÃO: A Rússia utiliza bombas FAB-1500, com 1,5 tonelada de TNT, que provocam destruição significativa, assim como bombas menores, FAB-500, de 500 kg de explosivos. Os kits também são usados para lançar bombas termobáricas, que alimentam uma explosão devastadora ao sugar o oxigênio ao redor do alvo. Esses métodos têm possibilitado avanços russos em territórios contestados, com 547 km² conquistados nos primeiros quatro meses do ano.
UCRÂNIA QUER AJUDA BÉLICA: Zelenski pede apoio imediato dos aliados ocidentais, já que a ajuda americana, estimada em R$ 300 bilhões, é em grande parte destinada a reabastecer estoques de munição já doados à Ucrânia. A chegada de sistemas antiaéreos e caças F-16 dos EUA e países europeus é esperada, mas analistas demonstram ceticismo quanto ao impacto dessas armas na situação atual. Em meio a isso, a Rússia parece continuar avançando no leste da Ucrânia com sua estratégia inovadora de uso de kits em bombas de queda livre.
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