As tensões entre a Rússia e a Ucrânia seguem a todo vapor no Leste Europeu. A Rússia vai enviar seis navios de guerra para o Mar Negro para exercícios navais, anunciou nesta terça-feira (8) o Ministério da Defesa do país, segundo a agência de notícias Inferfax.
O anúncio é feito um dia após o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, anunciar que o país vai realizar dez dias de exercícios militares, com drones e mísseis antitanque, em resposta às atividades das tropas russas na vizinha Belarus.
Toda a costa da Ucrânia está voltada para o Mar Negro — inclusive a Crimeia, região que a Rússia invadiu e tomou dos ucranianos em 2014. Ao norte do país está Belarus e ao leste, a Rússia.
Os navios russos devem passar pelo estreito da Turquia até o Mar Negro nesta terça e na quarta-feira (9), segundo a agência de notícias Reuters. Ao menos um navio de guerra, o Minsk, já foi visto passando pela cidade turca de Canakkale.
Soldados americanos começam a desembarcar na Romênia
Também nesta terça, soldados americanos começaram a desembarcar na Romênia, país que é o membro da Otan mais próximo da área de tensão.
"Já chegaram cerca de cem soldados americanos, especialistas que se encarregarão de organizar o desenvolvimento do futuro contingente", disse Vasile Dancu em entrevista coletiva.
"O restante das tropas será incorporado em breve", afirmou sem fornecer detalhes sobre a data e para quais bases militares serão alocados.
Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram o envio de 3 mil soldados para a Europa Oriental em meio ao aumento da tensão na fronteira russa com a Ucrânia.
A Romênia, que deve receber 1 mil soldados americanos, é o braço da Otan mais próximo da área de tensão com a Rússia.
O governo de Vladimir Putin exigiu, no mês passado, a retirada das tropas da Romênia e da Bulgária.
Os Estados Unidos anunciaram no início de fevereiro que enviariam mais de 3 mil soldados para o Leste Europeu, incluindo 1 mil para a Romênia, para apoiar as forças da Otan já presentes no terreno.
O Ocidente teme uma invasão russa da Ucrânia, por causa das dezenas de milhares de tropas posicionadas na fronteira.