Na manhã desta terça-feira (27), o Kremlin declarou que uma guerra entre Rússia e Otan seria inevitável se membros da aliança militar liderada pelos Estados Unidos decidirem enviar soldados para lutar pela Ucrânia, país invadido por Vladimir Putin há dois anos. A afirmação vem após o presidente francês, Emmanuel Macron, discutir a possibilidade durante encontro com líderes europeus, enfatizando a falta de consenso entre os aliados ocidentais.
"O mero fato de discutir a possibilidade de enviar alguns contingentes de países da Otan para a Ucrânia é um novo elemento muito importante. Neste caso, nós temos de falar não sobre a possibilidade, mas sobre a inevitabilidade [de uma guerra Rússia-Otan]," afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. A Ucrânia celebrou a abertura da discussão, destacando a noção dos riscos apresentados por uma Rússia agressiva.
Macron, ao testar a temperatura sobre a intervenção, também buscava expressar apoio ao governo ucraniano liderado por Volodymyr Zelensky. No entanto, impasses políticos e a disputa entre o presidente Joe Biden e o ex-presidente Donald Trump têm impactado o envio de ajuda militar à Ucrânia, que enfrenta uma crise crítica no conflito com a Rússia.
A proposta de enviar forças bilaterais à Ucrânia é teoricamente possível, mas a Otan, cuja fundação é baseada na defesa mútua, poderia interpretar isso como um ataque a todos os membros. O Kremlin caracteriza o conflito como uma guerra por procuração do Ocidente e observa com cautela os movimentos dos EUA e seus aliados.
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