Senado da Itália aprova plano de austeridade de 79 bi de euros

O governo italiano anunciou na quarta-feira um reforço no pacote de ajustes fiscais para evitar que a crise chegue ao país.

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O Senado italiano aprovou nesta quinta-feira o pacote de austeridade elaborado pelo governo, que prevê cortes de 79 bilhões de euros para evitar que o país seja o próximo a afundar na crise da dívida europeia. O plano deve passar ainda pela Câmara dos Deputados, onde será submetido na sexta-feira a votação.

Aprovado pelo Conselho de Ministros em 30 de junho passado, o pacote de medidas de austeridade contou com 161 votos a favor, 135 contra e três abstenções.

Pressionado pelos mercados e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), o governo italiano anunciou na quarta-feira um reforço no pacote de ajustes fiscais para evitar que a crise chegue ao país. O novo pacote ampliou para 79 bilhões de euros, que permitirão ao governo economizar 32 bilhões de euros adicionais.

O objetivo do plano é trazer o deficit público para perto de zero até 2014, alvo que foi estipulado pela União Europeia. O FMI cobra que o rombo nas contas públicas, que foi de 4,5% no ano passado, baixe para 3% até o ano que vem.

As mudanças no pacote vão incluir privatizações de empresas estatais e redução de benefícios fiscais, além de cortes de gastos, anunciou o ministro de Finanças da Itália, Giulio Tremonti.

O decreto para equilibrar o orçamento será reforçado para um período de quatro anos completos, disse o ministro, na associação de bancos do país.

Na mesma palestra, o presidente do BC italiano e futuro presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, cobrou a adoção urgente das medidas.

A Itália é a terceira maior economia da zona do euro e tem a segunda maior taxa de endividamento da região, de 120% do PIB (Produto Interno Bruto). Ela está na lista de países europeus em risco de uma quebra --e que inclui Grécia, Irlanda e Portugal.

A chamada crise da dívida europeia foi uma consequência da crise econômica de 2008. Para proteger a economia, os governos aumentaram suas despesas.

Aqueles que já tinham gastos públicos elevados viram a dívida estourar, junto com as taxas de juros. Essa bola de neve levou os países periféricos a atingir deficits públicos recordes, perdendo a capacidade de pagar a dívida.

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