A Síria aceitou a proposta russa de colocar suas armas químicas sob controle internacional, disse a agência russa Interfax, citando o ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moualem.
"Tivemos uma frutífera rodada de negociações com o ministro de Relações Internacionais (russo) Sergei Lavrov ontem (segunda), e ele propôs uma iniciativa relacionada às armas químicas. E à noite nós concordamos com a iniciativa russa", disse Moualem, de acordo com a Interfax.
A proposta pode evitar o possível ataque militar dos EUA ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad, acusado pelo Ocidente de ter matado ao menos 1.429 civis com um ataque químico, nos subúrbios de Damasco, em 21 de agosto.
Assad nega responsabilidade e acusa os rebeldes que tentam derrubar seu governo, em uma sangrenta guerra civil que já matou mais de 110 mil pessoas em 30 meses.
O chanceler disse que a Síria concordou porque a iniciativa iria "retirar os fundamentos para uma agressão norte-americana", segundo a agência.
Pouco antes, o Kremlin anunciou que a proposta russa sobre armas químicas foi discutida entre o presidente Vladimir Putin e seu colega americano Barack Obama, às margens da reunião de cúpula do G20, em São Petersburgo, na semana passada.
Os EUA afirmam que levam a proposta russa a sério, mas advertem para que ela não seja usada como "manobra protelatória".
Ao mesmo tempo, a França anunciou que vai propor uma resolução vinculante, no Conselho de Segurança da ONU, para definir como pode ser feito esse monitoramento do arsenal sírio.