A Síria respeitará acordo da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre armas químicas, afirmou o presidente Bashar al-Assad ao canal de TV italiano "RaiNews24" neste domingo (29), diz a agência Reuters.
Entenda a guerra civil na Síria
"Nós nos juntamos ao acordo internacional contra a aquisição e o uso de armas químicas mesmo antes dessa resolução ser aprovada", afirmou, quando questionado se a Síria se adequaria à resolução adotada na sexta-feira.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas adotou na sexta uma resolução que exige a erradicação das armas químicas da Síria, mas não ameaça o presidente sírio, Bashar al-Assad, com uma ação militar automática se seu governo não cumprir a determinação.
O texto foi aprovado por unanimidade pelos 15 integrantes do conselho.
Essa é a primeira resolução adotada pelo órgão da ONU sobre a Síria desde o início da guerra civil naquele país, no início de 2011, após os vetos de Rússia e China a três projetos anteriores.
A aprovação ocorreu logo após o comitê executivo da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) ter aprovado o plano sírio para entrega de armas.
A resolução, aprovada após ampla negociação entre Rússia e EUA, exige a erradicação do arsenal, mas não especifica ações punitivas caso o regime do contestado presidente sírio Bashar al-Assad não a cumpra.
Sua aprovação encerra semanas de tensa negociação entre russos -aliados de Assad- e americanos.