O governo de Israel anunciou neste sábado o fechamento do espaço aéreo do norte do país, perto da fronteira com o Líbano, em um momento em que a troca de hostilidades entre as Forças Armadas do país e o movimento libanês Hezbollah continua a se intensificar.
Novos ataques foram lançados de cada lado da fronteira — somente neste sábado, o grupo xiita disparou ao menos 90 foguetes contra Israel até o fim da tarde, enquanto os israelenses confirmaram ter bombardeado "milhares" de plataformas de lançamento de foguetes— mantendo a tensão elevada. O Ministério da Saúde libanês confirmou que o número de mortos apenas no ataque contra Beirute, na sexta-feira, subiu para 37.
As autoridades israelenses informaram que por motivos de segurança o espaço aéreo seria fechado a partir da cidade de Hadera — localizada entre Tel Aviv e Haifa — até o extremo norte, onde o conflito é aberto. A medida não deve afetar os voos internacionais, segundo as mesmas autoridades.
Os céus do norte Israel e sul do Líbano se transformaram no principal campo de batalha nesta altura do conflito, que se espalha de Gaza pela região. O Exército israelense anunciou novos bombardeios contra posições do Hezbollah neste sábado, um dia após um ataque contra um reduto do grupo em Beirute matar o comandante da unidade de elite Radwan.
Em duas declarações separadas, o Hezbollah afirmou que os seus combatentes tinham "disparado uma rajada de foguetes Katyusha [de fabricação soviética]" contra dois locais militares no norte de Israel, em "resposta aos ataques inimigos" no sul do Líbano.