Um soldado americano matou pelo menos 16 civis ao sair de sua base e abrir fogo contra afegãos na província de Kandahar, reduto talibã no sul do Afeganistão, segundo as autoridades locais. Entre os mortos, de acordo com o presidente afegão, Hamid Karzai, há nove crianças e três mulheres.
"Um militar americano foi detido devido ao incidente que deixou vítimas civis", indicou a Isaf, força armada da Otan, em um comunicado, indicando que "lamenta profundamente o incidente".
Ele deixou sua base militar em Panjwai por volta das 3h deste domingo (19h30 de sábado no horário de Brasília), invadiu casas na região e abriu fogo contra moradores. Segundo as autoridades americanas, o soldado sofreu um colapso nervoso.
Neste domingo, os Estados Unidos pediram desculpas pelo massacre cometido pelo soldado.
"Os Estados Unidos manifestam suas mais sinceras condolências às famílias (afetadas) pelo dramático tiroteio desta manhã. Este ato violento cometido contra nossos amigos afegãos nos entristece", declarou uma porta-voz da diplomacia americana.
O episódio pode afetar ainda mais a imagem dos soldados americanos no Afeganistão. No mês passado, tropas do país queimaram várias cópias do Corão, o livro sagrado do Islã. As forças americanas disseram que os livros foram queimados por engano.
Uma série de protestos devido ao episódio deixou 30 mortos, entre eles seis soldados americanos.