O canadense de origem paquistanesa, detido na Suécia por suspeita de tentativa de atentado contra um Boeing 777, que fazia o trajeto entre Toronto e Karachi, no Paquistão, foi libertado sem acusações, informou a promotoria sueca em um comunicado.
"As suspeitas contra este homem não são suficientemente sólidas para deixá-lo em prisão preventiva e, portanto, está livre para deixar a Suécia", disse a promotoria, afirmando que "por enquanto, não podia dar nenhuma informação suplementar".
O Boeing 777 da Pakistan International Airlines (PIA), que precisou fazer um pouso de emergência no aeroporto de Estocolmo, na manhã deste sábado, depois de uma ameaça de bomba, decolou rumo a Manchester às 17h05 locais (12h05 de Brasília), afirmou um porta-voz do aeroporto. O avião levava 261 pessoas a bordo - 243 passageiros, entre eles o suspeito, e 18 tripulantes -, segundo o portavoz da PIA.
Suspeita
Mais cedo, a polícia informou que os passageiros foram evacuados da aeronave e o suspeito, de cerca de 30 anos e origem paquistanesa, foi conduzido à delegacia do aeroporto para ser interrogado. "Detivemos um homem suspeito de ter explosivos a bordo do avião entre o Canadá e o Paquistão", disse à imprensa o chefe das investigações, comissário Stefan Raadman, ema breve declaração no aeroporto internacional de Arlanda, ao norte da capital sueca.
Vários veículos se posicionaram ao redor do avião, por volta do meio-dia local, enquanto o interior da aeronave era revistada, segundo um fotógrafo da AFP no local.
Apesar das horas de busca da polícia, não foi encontrado nenhum explosivo, enquanto as autoridades canadenses anunciaram o início de uma investigação para verificar se o alerta, provocado por uma ligação telefônica de uma mulher no Canadá, tinha fundamento ou se tratou de uma "farsa terrorista".
"Uma mulher fez contato com a polícia canadense e disse que havia a bordo um homem que poderia portar explosivos. Não se sabe, por enquanto, quem é essa mulher", disse à agência TT Janne Hedlund, um dos porta-vozes da polícia de Estocolmo.
"No momento em que o avião entrou no espaço aéreo europeu, a torre de controle pediu que aterrissasse em Estocolmo porque havia uma ameaça", explicou à AFP Syed Sultan Hassan, porta-voz da companhia aérea. "O piloto informou nosso centro de comando que aterrissaria" no aeroporto da capital sueca, acrescentou.
Segundo as autoridades suecas e a PIA, o objetivo é permitir que o voo PK 782 prossiga viagem com o menor atraso possível. Mais tarde, a tripulação, muito cansada, anunciou que estava sem condições de voar até o Paquistão esta noite e a companhia decidiu enviar o avião a Manchester antes de transportar os passageiros para o Paquistão, explicou à AFP Jan Lindqvist, porta-voz do aeroporto internacional de Estocolmo.