A polícia da Coreia do Sul prendeu um idoso de 81 anos suspeito de ter causado um incêndio que matou 21 pessoas e deixou outras sete feridas em um hospital na madrugada desta quarta-feira (27), na data local. A informação é da rede de televisão sul-coreana "YTN", que afirmou ainda que o homem sofre de demência.
O incêndio aconteceu no segundo andar de uma clínica de Jangseong, a cerca de 300 quilômetros de Seul, por volta da 0h30 local (12h30 de Brasília de terça-feira) e foi controlado cerca de 30 minutos depois, mas a fumaça densa que envolveu o edifício de três andares foi o motivo do alto número de mortes, segundo as autoridades.
A maioria dos pacientes do hospital tinha entre 70 e 80 anos e estavam restritos às camas por sofrerem de doenças como Alzheimer e de acidentes vasculares cerebrais, segundo a agência sul-coreana de notícias "Yonhap". Além dos pacientes, uma enfermeira morreu e seis dos feridos estão em estado grave.
Segundo a Yonhap, dez pacientes que estavam internados no primeiro andar da clínica conseguiram escapar. Acredita-se que o hospital só tinha uma enfermeira no turno de noite para cuidar dos mais de 80 idosos internados, muitos deles com dificuldades para se movimentar, incapazes de se salvarem por conta própria em uma situação de emergência.
Este foi o segundo incêndio com mortes na Coreia do Sul em dois dias. Na segunda-feira (26), sete pessoas morreram e 41 ficaram feridas quando terminal de ônibus perto de Seul pegou fogo.
Os incêndios acontecem enquanto a Coreia do Sul ainda está comovida pelo naufrágio da balsa Sewol no dia 16 de abril, que causou a morte de mais de 300 pessoas, a maioria jovens entre 16 e 17 anos. As autoridades foram duramente criticadas pelas carências e erros nos mecanismos de prevenção de desastres e na resolução de uma crise desse tipo.