'Tarifazo' deixa água, gás e combustíveis mais caros na Argentina

Preço do gás ficará 300% mais caro para a maioria dos usuários do p

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A partir desta sexta-feira (01/04), os argentinos estão pagando mais caro pelos serviços de gás e água e na compra de combustíveis. Os aumentos podem chegar até 375% e, segundo o governo de Mauricio Macri, são necessários para melhorar o cenário econômico e equilibrar as contas do Estado.

Além destes aumentos, que haviam sido anunciados no começo deste ano, o governo argentino anunciou nesta quinta-feira (31/03) um aumento de 100% nas tarifas de transporte de ônibus, trens e metrôs, que entrará em vigor a partir do dia 8 de abril.

O preço do gás ficará 300% mais caro para a maioria dos usuários do país, segundo resolução publicada no Boletim Oficial argentino, enquanto os serviços de água terão um aumento médio de 300%, com as tarifas passando de 132 pesos para 500 por bimestre.

Os reajustes serão diferentes dependendo da zona de cada usuário e podem chegar a 375%.

Já o preço da gasolina ficará 6% mais caro nas principais petroleiras do país, como a estatal YPF, Axion, Shell, Petrobras e Oil.

Esse é o segundo aumento de combustíveis no ano e o terceiro na gestão de Macri, iniciada no dia 10 de dezembro de 2015.Os novos reajustes haviam sido anunciados no início deste ano. O governo justificou a decisão dizendo que houve “abandono [por parte do governo anterior] de critérios econômicos na definição de preços, o que distorceu os sinais econômicos, aumentando o custo do abastecimento, desestimulando o investimento privado", segundo o texto publicado em 27 de janeiro no Boletim Oficial.

TRANSPORTES

Segundo o ministro dos Transportes do país, Guillermo Dietrich, o aumento de 100% nas tarifas de ônibus, metrôs e trens, anunciado nesta sexta-feira, corresponde a uma readequação dos valores que estariam desatualizados.

“Ninguém gosta de anunciar um aumento tarifário, mas no caso dos coletivos a tarifa não variava há dois anos, e todos sabemos da inflação que houve nos últimos anos”, disse. No domingo (27/03), o governo oficializou o reajuste de até 300% nas tarifas de energia elétrica. Segundo o Executivo, o objetivo da medida é “adequar” a qualidade e a segurança do abastecimento do serviço até alcançar condições “adequadas”. A decisão suscitou críticas de diversos setores, que chamam a medida de "tarifazo" ("tarifaço", em português).

CRÍTICAS

Os deputados que integram a frente parlamentar da FpV-PJ (Frente para a Vitória) expressaram preocupação com os reajustes anunciados pelo governo Macri. Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (31/03), eles afirmam que os aumentos somam-se à onda de demissões que ocorrem nos serviços públicos e privados e que, no conjunto, prejudicam a população. “Pedimos ao governo nacional que reveja a política de ajuste brutal que está sendo colocada em prática nas costas dos trabalhadores e dos setores mais débeis da população”, diz o documento.Eles recordaram que, durante sua campanha, Macri havia prometido não realizar aumentos e nem tirar os subsídios dos serviços.

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