O mar agitado e o tempo ruim têm prejudicado as buscas pelo estudante de intercâmbio brasileiro João Felipe Martins de Melo, de 17 anos, que desapareceu com mais duas pessoas após cair no mar na Nova Zelândia, segundo o jornal local ?NZHerald?.
Melo e outro estudante, um neozelandês, escalavam a pedra de Paritutu na quarta-feira (8) quando caíram. O terceiro desaparecido é um instrutor que pulou no mar para tentar salvá-los.
Neste sábado (11), equipes de busca tentaram entrar em uma caverna sob a pedra, mas foram impedidos pelas condições do mar. As buscas anteriores não encontraram nenhum sinal das três vítimas.
Cerca de 50 pessoas participam dos trabalhos de resgate, incluindo policiais, bombeiros e membros da Cruz Vermelha. As buscas continuarão durante o fim de semana, mesmo com a previsão de chuva e mau tempo, que devem atrapalhar a visibilidade.
A polícia local não tem esperanças de encontrar os três vivos, e o foco é recuperar os corpos das vítimas.
Também neste sábado, um avião da Força Aérea neozelandesa sobrevoou a costa entre New Plymouth e Opunake, mas não encontrou nada.
Sobrevivente
O único estudante que sobreviveu à queda disse nesta sexta que achou que morreria quando aconteceu o acidente. Campebell Shaw contou que não estava utilizado equipamentos de segurança, mas que no momento do incidente os jovens estavam em uma área plana e que os instrutores fizeram tudo o que podiam para protege-los.
?Nós não deveríamos estar escalando a rocha, deveríamos estar fazendo outra coisa, mas fomos e foi um dia legal. Assim que chegamos lá as nuvens apareceram e choveu. O grupo estava empolgado com a atividade, e todos acharam que seria uma escalada inofensiva?, contou.
Outras vítimas
Felipe Melo e outro estudante, o neozelandês Stephen Lewis Kahukaka-Gedye, ambos de 17 anos, caíram no mar na última quarta-feira (8), quando escalavam uma rocha no Parque de Paritutu, localizado na cidade de New Plymouth.
O instrutor Bryce John Jourdain, de 42 anos, pulou na água para tentar resgatar os estudantes e também desapareceu. Eles faziam um passeio com 11 colegas do Spotswood College, uma escola local, acompanhados de dois instrutores de uma operadora de excursões de esportes de aventura.
O prefeito da cidade de New Plymouth, Harry Duynhoven, disse à uma rádio da Nova Zelândia que o local é muito perigoso.
No entanto, ele disse que a operadora tinha experiência neste tipo de atividade e que nunca esteve envolvida em acidentes. "É sabido, há muito anos, que este é um lugar muito complicado, mas, ao mesmo tempo, a TOPIC (empresa que organizava a atividade com os alunos) é uma operadora com 25 anos de experiência na educação de jovens", disse Duynhoven.
Duas investigações serão feitas para investigar as circunstâncias do acidente. Uma conduzida pela polícia neozelandesa e outra pelo legista.