O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, descreveu a tentativa de golpe com uma mancha na história da democracia da Turquia e informou que o número de mortos nos confrontos é de ao menos 265. Em uma coletiva de imprensa realizada neste sábado (16), Yildirim disse que as forças de segurança detiveram 2.839 militares suspeitos de envolvimento com a tentativa de golpe.
Ele descreveu aqueles que abriram fogo contra civis como piores do que os rebeldes curdos contra os quais a Turquia tem lutado. "Eu felicito todos os cidadãos que resistiram ao golpe", disse o primeiro-ministro.
Segundo Yildirim, 161 mártires foram mortos nos confrontos e 1.440 ficaram feridos. Mais cedo, autoridades informaram que 104 participantes da tentativa de golpe também foram mortos.
Durante a madrugada, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que a situação do país estava sob controle, após horas de caos provocado pela tentativa de golpe feita pelas Forças Armadas —porém, ainda era possível ouvir explosões em Ancara e Istambul.
Mais cedo, o general Ümit Dündar nomeado comandante interino do Estado-Maior das Forças Armadas no lugar do general Hulusi Akar, que havia sido capturado pelos militares na sexta disse que oficiais da Força Aérea, da polícia militar e de unidades blindadas (tanques) eram os principais envolvidos na ação.
Por volta das 12h locais (6h de Brasília), a Grécia informou que prendeu oito homens a bordo de um helicóptero militar turco, que aterrissou no aeroporto de Alexandrópolis. Os homens uniformizados pediram asilo político, mas foram detidos sob suspeita de participação na tentativa de golpe, informou a televisão grega. O Ministério das Relações Exteriores exigiu a extradição imediata deles.
Por mensagem de celular, enviada em massa para a população turca, o presidente Erdogan pediu que as pessoas tomem as ruas e lutem pela democracia.