A Justiça da Espanha condenou a 1.040 anos de prisão cada um dos três membros do grupo terrorista basco ETA acusados de serem os autores do atentado no aeroporto de Madri, no dia 30 de dezembro de 2006, que causou a morte de dois equatorianos.
Em sentença pronunciada nesta sexta-feira (21), a Audiência Nacional espanhola também ordena aos três terroristas - Igor Portu, Mattin Sarasola e Mikel San Sebastián - o pagamento de indenizações de R$ 1,1 milhão (500 mil euros) à família de Carlos Alonso Palate e de R$ 2 milhões (700 mil euros) à de Diego Armando Estacio.
Palate e Estacio morreram soterrados por escombros de um dos módulos do estacionamento do terminal quatro do aeroporto de Madri, onde o ETA tinha colocado uma caminhonete-bomba, em atentado que representou o final da trégua que a organização tinha anunciado nove meses antes.
França prende líder do ETA
O ministro do Interior da Espanha, Alfredo Pérez Rubal, disse nesta quinta-feira (20) que o militante basco Mikel Karrera, preso no sudoeste da França, era o máximo dirigente do ETA. De acordo com Rubal, Karrera, o homem mais procurado da Espanha, era responsável pelo comando militar da organização basca.
- Os serviços antiterroristas espanhóis entendem que se trata do dirigente máximo do ETA, o responsável por seu aparato militar, aquele que ordena os comandos do ETA. Karrera e seu número dois, Arkaitz Aguirregabiria, suspeito de envolvimento no tiroteio que matou um policial francês em março, foram detidos nesta quinta-feira em Bayonne. A França não confirmou oficialmente as prisões.