O jovem de 22 anos que matou seis pessoas antes de se suicidar nos arredores de uma faculdade na Califórnia disse, em um manifesto, que a polícia, que bateu na sua porta no mês passado para verificar como ele estava, quase arruinou seu plano.
Elliot Rodger, filho de um diretor de Hollywood, esfaqueou três pessoas até a morte em seu apartamento antes de atirar em outras três vítimas na noite de sexta-feira, na cidade de Isla Vista, próximo ao campus da Universidade da Califórnia, em Santa Barbara.
Rodger, que publicou um vídeo ameaçador contra mulheres um pouco antes do seu massacre, passou por Isla Vista de carro e a pé, atirando contra pedestres em uma série de assassinatos que terminou quando ele se matou após um tiroteio com agentes do xerife, disse a polícia.
Mas, a menos de um mês atrás, antes de lançar seus ataques mortais, e depois de planejar as mortes e obter uma arma, o estudante de uma faculdade comunitária abriu a porta para sete policiais procurando por ele.
"Eu tive pavor de que alguém de alguma forma havia descoberto o que eu estava planejando fazer e havia me denunciado", disse Rodger em um manifesto obtido pela emissora de televisão KEYT-TV, da Califórnia, cujos trechos foram publicados pelo Los Angeles Times.
"Se esse fosse o caso, a polícia teria revistado meu quarto, encontrado todas as minhas armas e meus textos sobre o que eu planejava fazer. Eu teria sido preso sem a chance de me vingar dos meus inimigos. Eu não consigo imaginar um inferno mais negro que esse. Felizmente, não foi esse o caso, mas foi por pouco", escreveu.
Ele disse que policiais contaram que os vídeos que ele publicou online alarmaram a sua mãe, e ele acredita que ela ou alguma agência especializada em saúde mental pediu para as autoridades checarem como ele estava.
"A polícia me interrogou fora de casa por alguns minutos, perguntou se eu tinha pensamentos suicidas. Eu taticamente disse que era tudo um desentendimento, e eles finalmente foram embora", escreveu, acrescentando que removeu os vídeos com os planos para postá-los mais perto da data do ataque.
"Por alguns segundos terríveis, pensei que tudo havia terminado. Quando eles saíram, foi o maior alivio. Eu estava tão assustado", disse no manifesto, segundo o Times.