O Tribunal Penal Internacional (TPI) para a antiga Iugoslávia condenou nesta sexta-feira (15) a 24 anos de prisão o ex-general croata Ante Gotovina por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos em 1995 contra a população sérvia na Croácia.
"O comportamento de Gotovina constituiu uma contribuição significativa a uma iniciativa criminal comum", declarou o juiz Alphons Orie em uma audiência em Haia, sede do TPI.
O também ex-general croata Ivan Cermak foi absolvido, enquanto o terceiro acusado, Mladen Markac, foi condenado a 18 anos de prisão.
Gotovina comandou a ofensiva militar "Operação Tempestade" que tentou reconquistar a região de Krajina, ao sul da Croácia, a última zona de resistência controlada pelos sérvios na Croácia em 1995.
Os três ex-generais, que eram julgados desde 11 de março de 2008, foram acusados de assassinato, destruição, saques, tratamentos cruéis e transferência forçada de populações para a República da Iugoslávia ou para a Bósnia Herzegovina.
Gotovina, Markac e Cermak, que se declararam inocentes, foram, segundo a acusação, responsáveis pela morte de 324 civis ou soldados que entregaram armas e pelo deslocamento forçado de 90.000 sérvios de Krajina.
A promotoria havia pedido 27 anos de prisão para Gotovina, 23 para Markac e 17 para Cermak.