Três mineiros são suspeitos do assassinato de uma família brasileira, de Santa Catarina, que vivia nos Estados Unidos. O crime aconteceu em 2009, mas permanecia um mistério para a polícia americana. Um dos envolvidos pode até ser condenado à pena de morte.
Exames de DNA confirmaram que uma ossada encontrada no fundo de um rio era de um menino de sete anos que desapareceu com a mãe e o pai. Eles moravam na cidade de Omaha, no estado de Nebraska.
O pai reformava imóveis e tinha funcionários brasileiros. Segundo o delegado que cuida do caso, um dos empregados dele - um mineiro - confessou participação no crime.
Ainda de acordo com a polícia, o mineiro contou que ele e outras duas pessoas de Minas Gerais - todos de Ipaba, no Leste do estado, mataram a família e jogaram os corpos no rio.
O suspeito está preso. Em troca da confissão, espera uma redução da pena - que ainda pode chegar a 20 anos. Outro suspeito também está preso nos Estados Unidos. Promotores querem que ele seja condenado à prisão perpétua ou receba a pena de morte. Segundo a imprensa local, um advogado nega a acusação.
Já outro brasileiro foi deportado para o Brasil há seis meses. Na época, as acusações foram suspensas por falta de provas. Agora, os promotores querem que ele seja mandado de volta.
Em Ipaba, a mãe dele não quis falar com a reportagem da TV dos Vales, mas vizinhos disseram que ele mora na cidade e está trabalhando em Ipatinga. Já a mãe de outro suspeito disse que não acredita no envolvimento do filho no crime.
O caso não está encerrado. Os corpos do pai e da mãe americanos continuam desaparecidos. Os suspeitos que estão nos Estados Unidos trocam acusações sobre quem teria sido o mandante do crime. O Ministério da Justiça brasileira ainda não recebeu o pedido de extradição de um deles.